domingo, 16 de novembro de 2008

Mídia Social

Matéria direcionada a nós blogueiros!!!

Retirado do site da WEBSINSIDER por Rafael Kiso.

É importante, antes de seguir em frente, definir o termo “mídia social”. Do Wikipedia, em tradução livre, “mídia social descreve as tecnologias e práticas online, usada por pessoas para compartilhar opiniões, idéias, experiências e perspectivas. Pode tomar diversas formas, incluindo textos, imagens, áudio, e vídeo. São sites que tipicamente usam tecnologias como blogs, quadro de mensagens, podcasts, wikis e vlogs para permitir a interação entre usuários.”

E disseminarem conteúdo, eu completaria.

A chave aqui é que as pessoas são as que usam e controlam essas ferramentas e plataformas, em vez de empresas e grandes marcas. Além disso, é importante deixar claro que essa plataforma de mídia social só funciona em ambientes de rede.

O motivo pelo qual é preciso destacar isso é que o aspecto de rede é primariamente uma força democrática de baixo custo. Qualquer um pode entrar na conversa com um pequeno investimento de seu tempo pessoal e acesso à rede.

E a partir da premissa de que a comunicação é essencialmente livre sobre a web, combinado a uma arquitetura de participação gerida pelo efeito de rede, certamente torna as plataformas de mídias sociais a mais poderosa forma de mídia até hoje criada.

Hoje em dia, todos estão postando algo em um simples blog, mas que automaticamente alcançam mais de um bilhão de usuários na web. E com o RSS, o conteúdo de mídia social é espalhado através de feeds e pode ser encontrado por qualquer um que esteja procurando informações pelo Technorati, Google Blog Search, TechMeme ou dezenas de outros mecanismos inovadores.

Comunicação na forma de conversação, não monólogo
– A mídia social precisa facilitar a discussão bidirecional e debater com pouca ou nenhuma moderação ou censura. Em outras palavras, os comentários em blogs ou testemunhos em sites de comércio eletrônico não devem ser controlados no aspecto positivo ou negativo, mas sim somente no aspecto pejorativo.

Os protagonistas são pessoas, não empresas, não marcas
– O perfil do consumidor mudou e hoje ele controla a interação com as marcas. Portanto, para que a marca tenha credibilidade no mercado, as pessoas têm que falar positivamente dela para outras pessoas, e não a marca para as pessoas. Lembre-se a comunicação nunca deve ser unidirecional.

Honestidade e transparência são os principais valores – Tentar controlar, manipular ou mesmo empurrar conteúdo é o pecado mortal da nova geração da web. As marcas precisam ser transparentes para que as pessoas se disponham a consumir seu conteúdo. É deixar as pessoas escolherem e criarem seu conteúdo e relacionamentos, ao invés de ser forçado a isso. Entender esse conceito é uma das principais técnicas da mídia social.

Distribuição em vez de centralização – Um dos aspectos frequentemente negligenciado é o fato dos interlocutores serem muitos e variados. É quase que inevitável o poder de poucas organizações terem o controle da criação e distribuição da informação. A mídia social é altamente distribuída e constituída de dezenas de milhares de vozes tornando a informação muito mais textualizada, rica e heterogênica.

A ascensão das plataformas de mídias sociais, dentro dos negócios, irá colocar um desafio significante nas empresas enquanto elas tentam se adaptar às considerações citadas acima.

Não segui-las tende a reduzir as chances de sucesso dentro da nova geração da internet.

sábado, 8 de novembro de 2008

Movimento Punk – Os índios metropolitanos


O movimento punk surgiu a partir do punk-rock, internacionalmente, a maioria dos grupos foram criados na Inglaterra. Nessa mesma época as pessoas estavam indo as ruas exigindo paz e amor, enquanto os punks surgiam gritando o caos. Mas não o caos de forma negativa, agressiva, como a maioria das pessoas enxerga o punk, e sim como uma resposta à crise econômica, criticavam o governo, a educação, os políticos, os impostos, a pobreza, o desemprego, a falta de perspectiva e outros problemas. Não implicando necessariamente uma revolta.
As suas formas de protestar eram através do visual preto com adereços, da música, do uso que fazem da palavra que só podem ser compreendidos diante de outros movimentos que eles fazem, do comportamento (podendo incluir ou não princípios éticos e políticos definidos), expressões linguísticas, símbolos e outros códigos de comunicação.
Em diversos países, incluindo o Brasil, a roupa é na maioria das vezes o elemento que desencadeia as brigas de rua entre gangues, membros de grupos divergentes do movimento punk e outros movimentos que repudiam o punk. Este desentendimento pode culminar no desprezo, ridicularização ou nos casos dos grupos violentos, na coerção, furto de peças e agressão.

Suas trajetórias ao longo dos becos da Lapa, pelo ônibus dos subúrbios, e sobre as linhas dos trens, os punks passavam num risco impressionista. Bastante inquietos, a forma como explodiam os encontros era agressiva, mesmo que não houvesse brigas, via-se como um grupo de jovens rudes que ficam varando a cidade até tarde, bebendo, fumando sem pensar nas conseqüências. Os “points” onde se encontram correm revistas nacionais e estrangeiras sobre punks e som em geral, xérox de capas de discos, discos, fitas, discute-se em torno de tudo isso. Esse abuso e excesso para suas idades e classes os taxam de delinqüentes.

O antropólogo diante da sua pesquisa sobre o movimento punk não poderia pegar um punk fotografá-lo, nomear suas dificuldades, expectativas em casa, comportamento no trabalho, estuda-lo e descrever como um personagem, ele tinha que conviver com eles mas sem fazer o papel de “observador”, que isso é rejeitado por qualquer “bando”. Tinha-se que estudar um grupo a partir de sua vivência com eles, e só assim haveria conhecimento. E na medida que ia conhecendo e convivendo com os punks do rio de janeiro, ficando ao seu lado nas festas no momento de dança, das conversas, das despedidas, vendo-os falar de música, vendo-os explodir em som no palco, estando com eles nos points ou nas ruas ou simplesmente conversando, não acreditava que aquilo tudo era apenas uma resposta a outra coisa, que era a “crise” que gerava os protestos, as músicas e toda aquela forma exuberante de ser.
O punk é muito mais que visual. Ele é real.